Partimos diretos a Manila, onde chegaremos no dia seguinte, ao final da tarde, para uma recepção e reunião de boas vindas no hotel onde iremos pernoitar. Estamos perto do mar, por isso vamos aproveitar para um passeio a pé pela Seaside Boulevard, na Baía de Manila, onde iremos jantar e ficar a conhecer melhor o grupo.

No dia seguinte voamos bem cedo para a Ilha de Bohol, a cerca de 600 km a Sudeste de Manila. Aterramos em Panglao, uma pequena ilha que faz parte de Bohol. Depois de instalados no alojamento que será a nossa casa dos próximos dois dias, partimos até Napaling Reef, um recife de coral a 8 metros da costa, conhecido pelos grandes cardumes de sardinhas que por lá passam frequentemente. Mas não vamos para comer sardinhas com pimentos, vamos mesmo para nadar com elas e apreciar de perto a beleza da fauna subaquática, onde habitam centenas de pequenos peixes coloridos e onde há uma abundância de corais. Para os mais destemidos, existe uma prancha de saltos para o mar a cerca de 5 metros de altura, e temos à nossa disposição uma espécie de bungalow aberto, com uma mesa para petiscadas… uma boa desculpa para sair da água e fazer um brinde ao início de uma grande aventura. Seguimos até Alona Beach, uma praia tropical digna desse nome, onde um longo areal branco abraçado por palmeiras suspensas compete pela atenção com o mar azul turquesa.

Acordamos para um dia dedicado à descoberta da Ilha de Bohol, com passagem por vários locais de grande beleza, entre os quais as Bamboo Twin Hanging Bridges, duas pontes suspensas, feitas de bamboo, que atravessam o rio Lodoc; a Bilar Man-Made Forest, uma densa floresta com cerca de 2 km de extensão composta apenas por árvores de mogno branco e vermelho, fruto de um projeto de reflorestação iniciado há mais de 50 anos; o Tarsier Sanctuary, onde se poderão avistar os mais pequenos primatas do mundo, do tamanho da mão de uma pessoa, mas com uns olhos desproporcionalmente grandes para a sua dimensão; as Chocolate Hills, uma vasta área composta por formações geológicas em forma de montes, que na altura seca se assemelham a bombons de chocolate, daí o seu nome… e os Cadapdapan Rice Terraces, onde camadas de campos de arroz a perder de vista irão certamente gastar o pouco que ainda resta das baterias dos nossos telemóveis ou câmaras fotográficas. Fechamos o dia com uma curta caminhada até às Cascatas Can-umantad, as maiores da província de Bohol, com 60 metros de altura, envoltas por uma enorme formação rochosa sedimentar, repleta de vegetação. Cá em baixo, o lago receptor desta majestosa queda de água convida a um banho refrescante, mesmo antes do anoitecer.

Deixamos a Ilha de Bohol e apanhamos o Ferry para a Ilha de Cebu, onde um avião estará à nossa espera para nos levar até ao paraíso de Coron, no arquipélago de Palawan. Check-in no nosso alojamento para os próximos 3 dias, almoço e vamos visitar a vibrante localidade de Coron, com os seus mercados de rua à beira-mar. O tempo que nos resta vamos usar para explorar outras áreas à volta da localidade, como por exemplo as água quentes termais de Maquinit e a épica subida ao Monte Tapyas, seguindo pelos seus 721 degraus, com a grande recompensa no topo, uma vista deslumbrante sobre a localidade de Coron e algumas das ilhas que a rodeiam. Se tivermos céu aberto, a cereja no topo do bolo, com o pôr-do-sol a fechar o dia no horizonte.

Fato de banho, bikini, equipamento de snorkeling e protetor solar. O dia vai ser inteiramente dedicado a viver o sonho com “S” grande, passando por algumas das paisagens aquáticas mais bonitas do Pacífico. Partiremos num barco tradicional rumo ao horizonte. Vamos nadar nas águas cristalinas do Lago Kayangan, atravessando a Coron Bay por entre as deslumbrantes formações rochosas da Ilha de Coron. Emergimos no mundo subaquático de Siete Pecados em modo de snorkeling, onde encontraremos um magnífico jardim de coral repleto de peixes coloridos. Visita às Twin Lagoons, um local surreal que poderia ser cenário de filme, seguido de uma sessão de snorkeling a um barco naufragado da WWII com 25 metros de comprimento, muito perto da superfície. Faremos uma pausa para descontrair em duas praias paradisíacas, a CYC e a Beach 91, e ainda teremos tempo para uma terceira sessão de snorkeling, desta vez no deslumbrante recife de coral de Malwawey.

O dia seguinte segue o mesmo lema, à descoberta de pequenos paraísos, agora numa tónica mais Robison Crusoe, onde encontraremos pequenas praias perdidas no meio do nada e línguas de areia que apontam para o infinito. Vamos desfrutar das paisagens tropicais da Ilha de Malcapuya, com a descoberta de praias remotas e um novo recife de coral, cheio de conchas gigantes. Segue-se o relax, sol, “a vida é boa”, “não me tirem daqui”, no divinal banco de areia de Ditaytayan e uma caminhada pela ilha de Bulog Dos, calcorreando o seu bonito areal branco. Um dia digno de um conto literário da autoria de Jack London.

Deixamos Coron e vamos num speedboat para o nosso próximo destino, o incomparável El Nido, uma zona de extrema beleza que concorre com Coron pelo maior número de locais paradisíacos. Como vivemos intensamente os últimos dias, vamos aproveitar para relaxar um pouco. Vamos visitar a localidade de El Nido e algumas praias locais. Uma massagem de corpo inteiro com pedras quentes (opcional) para quem estiver a precisar, e seguimos para a escarpa de Taraw, onde iremos encontrar uma bonita vista panorâmica sobre El Nido. Finalizamos com a travessia de uma ponte suspensa em altitude, seguido de uma teia de aranha feita de cabos, suspensa sobre as escarpas verticais de El Nido. Um bom desafio para quem sofre de vertigens.

Novo dia. Está na hora de entrar num barco tradicional e partir à descoberta de novos tesouros aquáticos. Começamos na paradisíaca ilha de Miniloc, onde poderemos nadar e fazer snorkeling. De seguida vamos explorar a Big Lagoon de kayak, um local incrível, de água esmeralda, rodeado por formações rochosas. E porque andamos à descoberta, esta próxima lagoa marítima faz juz ao seu nome, a Secret Lagoon só é acessível por uma pequena, quase imperceptível, abertura numa rocha, por onde teremos que passar a nadar. Lá dentro, estaremos no meio de uma enorme cratera rochosa. Continuamos, agora para a Ilha de Shimizu, dois montes verdejantes perdidos no oceano, com um recife de coral feito para admirar. Paragem na praia Payong-payong para um momento de relax e depois vamos nadar nas águas cristalinas de 7 Commandos.

El Nido tem muitos recantos escondidos para ver e descobrir, e hoje vamos dedicar o dia a ver mais alguns destes terousos do oriente. Partimos de barco até à praia de areia branca ladeada pelas enormes escarpas da Helicopter Island. Tal como no dia anterior, vamos à procura de outra lagoa escondida, esta chama-se Secret Beach e a forma de entrar é também ela por uma pequena cavidade na rocha. Num momento digno de um filme de 007, vamos visitar um misterioso santuário abandonado em Matinloc, localizado numa praia da ilha com o mesmo nome e de seguida vamos nadar naquela que é provavelmente uma das mais bonitas praias das Filipinas, a Star Beach. E porque gostamos de desafios, ainda vamos à Hidden Beach, uma praia tão escondida que vamos ter que a encontrar.

Depois destes dias intensos e maravilhosos, reservamos uma boa parte do dia 11 para desfrutarem como entenderem, indo à descoberta da Ilha de Palawan numa Tricycle, onde não faltam spots incríveis para visitar, relaxar numa praia digna de postal e deixar o corpo flutuar numa massagem revigorante de corpo inteiro. Partiremos de avião rumo a Manila ao final da tarde.

Acordamos de madrugada no dia seguinte (3 da manhã) para o transfer até ao ponto de partida do Trekking ao Monte Pinatubo (um estratovulcão situado a 87 km de Manila, e cuja erupção, em 1991, foi a maior registada no séc XX e atualmente a maior dos últimos 100 anos). Trekking de dificuldade fácil/moderada, 5,5 km para cada lado, com cerca de 6 horas de caminhada no total. Parte do transfer é feito em jeeps 4×4 por uma paisagem lunar criada durante a última erupção. Regressamos a Manila já de noite.

O último dia é dedicado a conhecer Intramuros, uma mini-cidade colonial espanhola criada no século XVI, que se encontra no coração de Manila. Esperam-nos cerca de 20 horas de viagem de regresso a Portugal, num momento que acredito será de reflexão, de recordação e de revisão de tudo aquilo que fotografámos e filmámos. Uma viagem inesquecível certamente.